quinta-feira, 22 de junho de 2017

Aluna Alessandra Mazeliah, do Curso de Letras Port./Esp., noite das FIC/RJ, apresenta três belos poemas de sua lavra






Sou um estrangeiro no mundo
Alessandra Mazeliah

A vida me fez assim, Habitante de um mundo que é só meu Seria indiferença não fingir sentimentos que não possuo? Porque chorar ou sorrir? Somente porque outros o fazem? Se não quero, não faço! Me condenarão por isso, Mas estou tranquilo Seguirei meu caminho, No final vejo no que dará. Mas não me julgue, Possuo sentimentos, Porém a vida me blindou de uma forma que não consigo demonstrar. Quem já não chorou ou sorriu sem querer? E, se não seguir os padrões da sociedade é ser indiferente, Então o sou! Sou um estrangeiro no mundo,


Por que?
Alessandra Mazeliah

Quando aqui cheguei Meu primeiro contato com o mundo Foi um chão duro, Meu primeiro aconchego Foi o calor de uma sacola plástica, Isso foi tão ruim... Abri meus pulmões e chorei, Era a única coisa que sabia fazer naquele momento Passou um tempo... Até que senti mãos trêmulas a me segurar E lágrimas caindo sobre mim. É você mamãe, Por que me deu esse susto? Pensei que me deixaria aqui. Mas, não era você... Você se foi sem ao menos teu rosto eu conhecer, Como eu queria te conhecer... Mas aquelas mãos trêmulas Me deram a chance de sentir-me amada. Recordo que passei alguns dias em uma casa com pessoas vestidas de branco, Elas pareciam se importar, Mas não me levavam com elas... Hoje estou em outro lugar, Ouvi dizer que talvez poderei ter uma família Só não posso crescer muito rápido, Eles não costumam levar os grandes Mas não desistirei, Sou guerreira Lutarei até o fim. Mas só gostaria de saber, Por que fez isso mamãe?


Ah, se eu pudesse...
Alessandra Mazeliah

Quando olho para você Meus pensamentos me levam para longe, Mas logo os faço retornar E enxergar a realidade Que não posso ter você. Então me pergunto: Porque te olhar? Porque te desejar, como te desejo? O que preciso é te arrancar do meu peito! Ah, se eu pudesse... Te arrancaria do meu peito, Com carinho, mas te arrancaria! Porque tem que ser assim? Querer-te como te quero E nem ao menos teus abraços conseguir Ah, seu eu pudesse ter você ao meu lado... Mas um dia te esqueço, Vou viver, sair pelas ruas Conhecer gente nova, Conquistar meu espaço, Vou ser feliz! Ah, se eu pudesse...



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