domingo, 12 de dezembro de 2010

O QUE FAZER PARA SER O QUE QUEREMOS TER

Texto produzido por Flávio de Oliveira (aluno do 1° perído do curso de Letras)

“A viagem de mil milhas começa com um passo” (Mao Tse-tung). Depois de muito tempo olhando para trás, acordei e vi que tinha duas opções: poderia continuar pensando no que poderia ter feito ou poderia transformar em algo real tudo aquilo o que eu quero para mim.

Acordei dessa fase que defini como “coma”, e resolvi que era hora de fazer algo em relação ao meu futuro. Eu tinha as ferramentas para construir algo e ficava sempre adiando o início dessas obras. Seja por acomodação, por achar que tudo o que eu já tinha era o suficiente, ou por não acreditar que seria capaz.

O mais difícil em dar o primeiro passo foi acreditar em mim. Achar que era capaz era algo que eu não acreditava mais. Vi o quanto tinha baixo autoestima. E o engraçado é que isso nos cega, e é difícil recuperar a visão depois de tanto tempo andando no escuro.

Era o momento de levantar e o primeiro passo foi o vestibular. Voltar a estudar depois de quatorze anos era algo que não passava pela minha cabeça. A cada ano que passava achava que esse projeto não sairia mais da gaveta. E por que adiar mais? Eu estava pronto. Vou começar a levantar a minha primeira parede. Vou fazer acontecer. Vou encontrar muitas dificuldades, mas quero passar por isso para não voltar a viver no estado em que vivia.

Eu quero ser alguém melhor do que sou hoje. Quer ter mais conhecimento, experiência, ter novos amigos, me sentir bem sucedido e não apenas satisfeito. Posso nunca me tornar um milionário, mas com certeza vou me achar rico em cada vitória, cada etapa e em cada degrau que subir.

É incrível como conseguimos nos transformar, evoluir, crescer... Ontem minha auto estima estava lá no chão. Hoje ela está acima da minha cabeça. É só consegui isso por ter tomado essas decisões.

O que eu quero ter? Bem, muitas coisas! Dinheiro, saúde, estabilidade, amor, etc. Mas quero ter essa sensação de que estou vivo sempre! Acordado. Pensando. Criando. Meu marketing pessoal (risos).
Já passei do primeiro passo e tenho certeza que a minha viagem não vai ser de apenas mil milhas.

Flávio de Oliveira

EXPOSIÇÃO: "Arquitetando Arte"

Uma boa dica para estas férias é a Exposição "ARQUITETANDO ARTE", sob a curadoria de uma ex-aluna do curso de Letras e do curso de Especialização das FIC, PATRÍCIA TAVARES. Vale a pena conferir!!!!

CENTRO DE CULTURA E MEMÓRIA CREA-RJ
Rua Bueno Aires, 40 / 2º andar, RJ.

sábado, 6 de novembro de 2010

Discutindo a Escola

“O diálogo é o momento em que os humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como a fazem e a refazem.” Paulo Freire


Não é de hoje que o interesse da sociedade por saber o que se passa entre os muros a escola inspira o cinema. Afinal, quem de nós enquanto responsáveis, alunos, professores (ou aprendizes de) nunca teve o desejo de ter uma câmera que, invisível, registrasse o dia a dia de sala de aula, com suas conquistas? Foi o que fizeram os diretores de filmes como ENTRE OS MUROS DA ESCOLA, PRO DIA NASCER FELIZ e o recém lançado WAITING FOR SUPERMAN, este último retrato da realidade das escolas Norte Americanas.
Em “Entre os muros da escola”, de Laurent Cantet (França, 2007), a história real de um professor parisiense é retratada com requintes de documentário: em uma escola em que os professores tem de lidar com aprendizes das mais diversas culturas, acompanhamos os eventos de um ano letivo não muito diferente das escolas brasileiras.
Já no documentário “Pro dia nascer feliz” (Brasil, 2006), do diretor João Jardim, alunos com realidades econômicas bem distintas, de instituições públicas e particulares brasileiras são entrevistados e tem suas histórias, experiências, angústias e sonhos relatados de uma forma brilhante e comovente.
Mais recente ainda, o polêmico "Waiting for superman", de Davis Guggenheim (EUA, 2010),  tem não apenas despertado a atenção como comovido do público. No filme, a luta de pais desesperados por oferecer uma escola de qualidade para seus filhos (num sistema que acaba deixando muitos à margem) e de educadores como Geoffrey Canada, que trabalha com educação em áreas de risco é exposta sem retoques.
É interessante notar que os problemas que assolam a instituição escola são pertinentes a nossa época e ocorrem no mundo todo. O que chama atenção neste filme é que, diante da “Ferida exposta”, a sociedade tem se mobilizado para tratá-la. Waiting for Superman tem sido chamado de “o filme que pode mudar a situação” da educação nos EUA. E não é para menos: grandes empresas e mesmo a população tem se manifestado publicamente a fim de fazer algo. E discutir a situação de maneira consciente, a partir da simples premissa de que nenhum super-homem virá mudar a situação se cada um não fizer sua parte, já é, certamente, um grande começo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Aprendendo hoje

Gadgets, i-pods, GPS... Com tantas e surpreendentes tecnologias, o mundo parece caminhar a passos largos para uma realidade outrora apenas sonhada pela ficção científica. Muitos desses dispositivos parecem já ter se tornado indispensáveis ao homem contemporâneo.  No entanto, a velocidade com que as informações e inovações chegam até nós pode acabar assustando as gerações que não cresceram nesse cenário – e tornando tudo e todos os que não acompanham esse ritmo insuportável para a “geração twitter”. Afinal, o que de melhor podemos tirar da tecnologia a fim de dialogar com gerações tão próximas e, ao mesmo tempo,  distintas?

Primeiramente, há que se considerar que tantos engenhos não apenas fascinam como afetam irremediavelmente nossas vidas. E é fácil perceber isso quando tomando por exemplo as tecnologias de informação:  hoje o Brasil possui um quantitativo de celulares maior que o de pessoas. A conquista da mobilidade, que quebra barreiras e expande nossa percepção de espaço pode não parecer algo tão novo assim, mas apenas há14 anos não nos comunicávamos desta maneira.

Por outro lado, tais mudanças exigem de todos nós, enquanto parte integrante da sociedade, adaptação a essa realidade se quisermos entender e nos fazer entender. Ler já não é suficiente. É preciso vivenciar os textos dos cada vez mais diversos gêneros e lidar com eles de maneira crítica, como agentes, criar significado através de múltiplas articulações – as chamadas multimodalidades descritas pelos lingüistas Kress and Theo van Leeuwen.

Assim, percebemos que a teoria descreve o que os mais jovens sabem e aplicam no dia-a-dia. Acostumados a tanto dinamismo, faz-se imprescindível conquistar suas atenções. Através dos mais diversos meios. Numa era em que se fala em Minimally Invasive Education (MIE. As pesquisas neste campo descrevem a aprendizagem em ambientes não supervisionados),  se temos o conteúdo a compartilhar é preciso estar aberto a também aprender novas maneiras de fazê-lo.



+ Fique por dento de alguns dos meios mais utilizados quando se trata de informática educativa: